Um vinho do Peru pra começo de conversa, Confraria G-56 | Roberto Rodrigues

Um vinho do Peru pra começo de conversa, Confraria G-56

Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 4:52pm

Um vinho do Peru pra começo de conversa, Confraria G-56

 

A Confraria G-56 começou o ano, dia 13/02/2020, em grande estilo com um confrade levando, de surpresa, um vinho do Peru e depois ainda degustamos dois grandes brancos e um Porto Vintage 2011.

Já estávamos prontos para começar os trabalhos quando nosso colega Arlindo chegou com um vinho que trouxe de sua última viagem ao Peru e que logo foi aberto e degustado.

Vittoria Malbec Reserva 2018, Bodegas y Viñedos Tabernero, Peru, Valle de Ica, RR = 86,0 e Grupo = 84,8
Uma verdadeira curiosidade, pois não temos vinhos do Peru em nosso país e, segundo Arlindo, mesmo em Lima não é fácil encontra-los. Um Malbec com grande extração de cor e pequena passagem em madeira. Apresentou aromas complexos, mas sua cor (violáceo forte) denuncia sua juventude. Deve melhorar após algum tempo de guarda.

A Bodegas y Viñedos Tabernero existe desde 1897 e por além de vinhos produz a bebida nacional do Peru: o Pisco. Atualmente possui uma ampla linha de vinhos de diversas castas, o que denota a experimentação dos produtores peruanos em busca do que melhor se adapta a seu clima.

Foi uma experiência interessante.

 

Mas a noite estava apenas começando e passamos a dois grandes brancos, servidos às cegas:

  • Riesling Grand Cru Saering 2015, Eric Rominger, França, Alsace, R$ 310,00 (Belle Cave), RR = 92,0 e Grupo = 89,2

Difícil encontrar um Grand Cru de Alsace ruim e este não fugiu à regra, embora ainda jovem. O que se destacou foi o Riesling com grande tipicidade, o que fez com que a maioria identificasse a origem do vinho.

  • Comma Blanca DOCa Priorat 2015, Finca Mas d’En Gil, Espanha, Priorat, R$ 629,00 (Belle Cave), RR = 92,0 e Grupo = 88,7

Excelente branco do Priorat. Produzido a partir de Garnacha blanca (40%) e Macabeo/Viura (60%), sendo esta última de vinhas velhas. Produção de apenas 2.638 garrafas. Um vinho que deve melhorar ao longo do tempo e durar vários anos mais.

O Grand Cru da Alsace estava dentro do padrão elevado destes vinhos. Já o Priorat branco fugiu ao comum, sendo que a maioria dos presentes nunca tinha degustado um vinho branco desta pequena DOCa espanhola que tem vinhos de elevada qualidade.

 

Neste encontro tivemos a ausência de um casal de colegas que está no Canadá, por isso foi degustado apenas mais um vinho:

Ferreira Porto Vintage 2011, Casa Ferreira, Portugal, Porto, Inovini Importadora, RR = 93,0 e Grupo = 92,7 com WS=93

Um porto da famosa safra de 2011 – a que teve mais Vintage declarados dos últimos cinquenta anos. A casa Ferreira faz seus portos com um teor de açúcar elevado, o que pode desagradar a alguns mas dá um maior corpo e longevidade. Esse Vintage 2011 ainda está muito jovem, mas já começa a formar sedimentos. Um bom vinho.

 

Vinhos Degustados em 14/02/2020

 

E assim terminou uma noite diferente e muito interessante!

Gostou desta degustação e gostaria de participar de outras de mesmo estilo? O G-56 está com uma vaga em aberto, caso tenha interesse entre em contato.

 

Roberto Rodrigues
fevereiro/2020

 

Serviço:

Importadora: Belle Cave Vinhos

Representante no Rio: Lilian Seldin (21)98853-6923

 

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