Jura, Confraria G-56 | Roberto Rodrigues

Jura, Confraria G-56

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 4:35pm

Jura, Confraria G-56

 

A Confraria G-56 (grupo de degustação A-56 da ABS-Rio) sempre gosta de conhecer novas regiões e também castas – o colega Franklin tem uma lista das principais castas viníferas em utilização e sempre faz uma marca nas que já degustou.

Dentro deste espírito preparei uma noite com vinhos do Jura (secos). Mas não foi muito fácil, pois os vinhos desta pequena região francesa são muito pouco conhecidos (e consumidos) no Brasil. O Club du Taste Vin traz alguns, a Decanter tem outro produtor e agora a Belle Cave também traz um terceiro produtor. E só.

O Jura é uma das mais antigas regiões vinícolas de França e também uma das menores. Localizado no Franche-Comté, entre a Bourgogne e a Suíça, tem na cidade medieval de Arbois o centro da produção. Foi nesta pequena cidade o químico francês, Louis Pasteur, descobriu as causas da fermentação alcoólica. Em breve matéria sobre esta região.

Todos os vinhos foram degustados às cegas, em 19/12/2019, e os participantes sabiam que eram vinhos do Jura.

Foram degustados:

  • Chardonnay “Em Paradis” Vieilles Vignes 2016 AOC Arbois, de Rijckaert, França, Jura, Belle Cave, RR = 87 e Grupo = 87,5
    A tradicional Chardonnay se expressa diferente no Jura.
  • Savagnin “Gran Elevage” Vieilles Vignes 2016 AOC Arbois, de Rijckaert, França, Jura, R$ 349,00 (Belle Cave), RR = 91 e Grupo = 90,2
    Casta branca mais plantada no Jura. Responsável por bons vinhos que são, ao mesmo tempo, distintos.
  • Poulsard Vieilles Vignes 2009 AOC Arbois, de Domaine Rolet, França, Jura, R$ 296,50 (Decanter), RR = 87 e Grupo = 86,2
    Casta tradicional do Jura, os vinhos remetem à Pinot Noir e, em função disso, não são muito apreciados pela maioria.

 

Vinhos Degustados em 19/12/2019

 

Para completar a degustação do Jura faltou um vinho da casta Trousseau, mas, infelizmente, nenhum dos importadores tinha algum vinho disponível desta casta. Ao contrário da Poulsard, a Trousseau é uma casta mais encorpada que produz vinho um pouco rústico e muito característico.

Os participantes ficaram impressionados com a tipicidade dos vinhos degustados, diferentes de todos os outros já degustados. Pediram que fosse feito um encontro com os vinhos mais típicos (Vin Jeaune, Vin de Paille e Macvin) mas isso fica para o futuro.

 

Como a noite ainda era uma criança e todos estavam com um pouco de sede (de água que passarinho não bebe…), abrimos uma novidade para a maioria:

Vermouth Pregiato Antica Formula dal 1786, de Carpano, Itália, Torino, R$ 190,00 (Inovini), RR = 94,0 e Grupo = 94,2

Trata-se de um Vermouth (de Torino!) muito diferente dos que assim se intitulam e que encontramos por aqui. Todos ficaram surpresos com a qualidade de aromas e a sutileza e excelência de paladar.

 

Uma noite diferente e muito interessante.

 

Roberto Rodrigues
Janeiro/2020

 

 

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