Châteauneuf-du-Pape, Confraria G-56 | Roberto Rodrigues

Châteauneuf-du-Pape, Confraria G-56

Publicado em 11 de fevereiro de 2020 às 5:32pm

Châteauneuf-du-Pape, Confraria G-56

 

A Confraria G-56 teve uma noite interessante, em 06/02/2020, com três Châteauneuf-du-Pape (sendo dois brancos) mais um vinho da Eslovênia e um espumante das Minas Gerais.

Todos os vinhos foram degustados às cegas e, no início, os participantes sequer sabiam de onde eram os mesmos. Logo após a degustação do primeiro vinho a maioria acertou que era do Velho Mundo, da França e alguns chegaram a dizer que era do Rhône. A ideia da degustação surgiu em um encontro sobre vinhos do Rhône em que alguns participantes disseram não conhecer Châteauneuf-du-Pape brancos.

Foram degustados:

  • La Crau de Ma Mère Châteauneuf-du-Pape AOP 2012, de Famille Mayard, França, Rhône, R$ 450,00 (Belle Cave), RR = 91,0 e Grupo = 89,5.
    Châteauneuf tinto de qualidade, de um vinhedo especial (La Crau de Ma Mère). Com a seguinte composição aproximada, Grenache (60%), Mouvèdre (30%) e Syrah (10%). Os que identificaram ser um vinho do Rhône disseram que não tinha predominância de Syrah (comum no Norte) mas não conseguiram identificar tratar-se de um Châteauneuf-du-Pape.
  • Châteauneuf-du-Pape Blanc AOP 2016, de Domaine Galévan, França, Rhône, R$ 470,00 (Belle Cave), RR = 91,0 e Grupo = 90,2.
    Um bom exemplar de um Châteauneuf branco. Castas: grenache blanc, clairette, bourboulenc e roussane. Ainda com muitos anos de vida pela frente, mas já apresentando alguns aromas de evolução.
  • La Crau de Ma Mère Châteauneuf-du-Pape Blanc AO 2017, de Famille Mayard, França, Rhône, R$ 410,00 (Belle Cave), RR = 89,0 e Grupo = 89,5.
    Exemplar interessante, surpreendeu pela elevada acidez. Castas: grenache blanc, clairette, roussane, bourboulenc e picpoul. Ainda jovem.

 

Houve um debate sobre o significado de “La Crau de Ma Mère” e com pesquisa na internet na hora achamos que a mãe do proprietário seria da cidade La Crau, este que vos escreve achou tratar-se de uma expressão idiomática. Tal foi confirmado no dia seguinte e significa algo como “A Loucura de Minha Mãe”.

Os Châteauneuf-du-Pape brancos ficaram acima do tinto na preferência dos participantes, embora uma das notas tenha sido inferior (devido ao fato de que alguns acharam a acidez muito elevada e, portanto, desequilibrada).

Os vinhos degustados são importados pela Belle Cave e apresentaram uma excelente relação qualidade pelo preço. O campeão na opinião da maioria foi o Galévan branco.

Vinhos degustados em 06/02/2020

 

Mas não acabou, neste dia dois membros da Confraria levaram dois vinhos para serem degustados, às cegas, sendo que este que vos escreve não sabia de onde eram.

Primeiramente degustamos um branco muito interessante:

Vipava 1894 Sivi Pinot 2017, de Zelen Lanthieri, Eslovênia, Vipava, RR = 88,0 e Grupo = 87,5.
Belo exemplar de Pinot Gris de um país distinto, a região fica a oeste do Friuli e é um pouco mais fria que este. Vipava é um município com boa produção de brancos e espumantes, a meio caminho entre Goriza (Itália) e Liubliana. O vinho surpreendeu pela cor forte (denotando uma provável fermentação com as cascas no início do processo), e também pela acidez quase viva. A maioria achou tratar-se de um vinho do novo mundo e este escriba achou que era um vinho brasileiro.

Por último degustamos um espumante:

Luiz Porto Brut nv, de Luiz Porto, Brasil, Cordislândia (Minas Gerais), RR = 87,5 e Grupo = 86,3. Com certeza o melhor espumante de Minas, utiliza grapa no licor de expedição o que dá um toque diferente. Este exemplar não estava tão bom quanto outros que já degustamos, o que pode ser problema de armazenamento.

Uma noite de vinhos muito interessantes.

Se você é associado da ABS-Rio e gostou desta degustação fique atento: esta Confraria tem uma vaga em aberto, devido ao afastamento de um colega, e você pode participar da mesma.

 

Roberto Rodrigues
fevereiro/2020

 

Serviço:

Importadora: Belle Cave Vinhos

Representante no Rio: Lilian Seldin (21)98853-6923

 

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