Borgonha, essa desconhecida II – uma degustação memorável | Roberto Rodrigues

Borgonha, essa desconhecida II – uma degustação memorável

Publicado em 13 de junho de 2018 às 3:05pm

Borgonha, essa desconhecida II – uma degustação memorável

Roberto Rodrigues
Associado desde 1992, diretor e professor da ABS-Rio.

 

 

Roberto Rodrigues apresentou, no último dia 12 de junho, a degustação de vinhos da Bourgogne trazidos de lá por ocasião de sua viagem para visitar o evento Les Grands Jours de Bourgogne.

Os participantes logo se surpreenderam por terem sido degustados, primeiramente, os quatro tintos.

Vinhos da Degustação by RRVinhos

 

O primeiro a ser servido foi o Cru de Beaujolais Moulin-À-Vent Vieilles Vignes 2009 do Château Portier que se apresentou ainda vivo e com algum futuro, sendo que mais uma vez fica claro que o produtor influencia muito na qualidade do vinho. Junto foi degustado o Marsannay AOC 2013 “Les 5 Continents”, de Les Vignerons de Marsannay – trata-se de uma edição especial em garrafas Magnum de um jantar de divulgação da AOC com chefes e masters sommeliers dos cinco continentes. O Marsannay mostrou-se ainda com muita vivacidade, podendo evoluir bem por mais alguns anos; mas ficou claro que é um vinho gastronômico.

Depois vieram os dois Grand Cru tinto: o Charmes-Chambertin Grand Cru 2011, de Domaine Tortochot, e o La Grande Rue Grand Cru 2009, monopólio do Domaine François Lamarche. Ambos excelentes, mas o La Grande Rue superou em muito o Charmes-Chambertin, estando mais equilibrado e com mais sutileza de aromas.

Em seguida, foram servidos dois brancos, de villages vizinhas: o Le Concis du Champs Chassagne-Montrachet 2012 de Hubert Lamy, que mostrou toda a sua juventude, mas sem perder a elegância de um grande vinho e com muita mineralidade; e o Puliogny-Montrachet 1er Cru Les Champs-Gains 2010 de Roger Belland, que mais evoluído e com mais sutileza, aos poucos se mostrou.

Ao final, uma surpresa oferecida por um sócio presente: foi aberto um Chevalier-Montrachet Grand Cru 1996 do Domaine Bouchard que estava divino. Uma cor de ouro intenso, sutil, presente, evoluído mas com notas ainda jovens, redondo ao palato e que se mostrava diferente a cada momento. Um encerramento com chave de ouro desta degustação que vai ficar na memória dos presentes por muito tempo…

 

Roberto Rodrigues
13 de junho de 2018

 

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